"Gazel para a sílaba sonhada"
Carlos Nejar
In Livro de Gazéis
Ao te dizer amor,
dizia árvore
e desenhava alguma palavra.
O amor que crescia vegetal
na tua alma era sílaba sonhada.
Mas a sombra,
quem a terminava?
Ao te dizer memória,
quis o amor
que fosse planura desenhada.
E a morte não a disse porque, amada,
a árvore cumpriu-se no que sou.
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