terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"Gazel para a sílaba sonhada", Carlos Nejar in Livro de Gazéis

"Gazel para a sílaba sonhada"
Carlos Nejar
In Livro de Gazéis

Ao te dizer amor, dizia árvore
e desenhava alguma palavra.
O amor que crescia vegetal
na tua alma era sílaba sonhada.

Mas a sombra,
quem a terminava?

Ao te dizer memória, quis o amor
que fosse planura desenhada.
E a morte não a disse porque, amada,
a árvore cumpriu-se no que sou.


Nenhum comentário:

Postar um comentário